Sunday, June 04, 2006

Versos da Noite ( Noite em V)

Valquírias vibrando nas varandas
Em vénias, valsas e vaudevilles,
Com velodíneos vestidos verde-água
Como vultos de voluptuosidade,
Ao som de uma voz e de um violino,
Vislumbre versicolor e vocálico,
Verso invulgar de um vilancete ou volta,
Céu de verdejância e vitalidade.

Nada vascoleja a vagueza vítrea
Nem voa um vacilante vendaval
(Centro de vórtices e vícios vãos).
Apenas vive a vozeirada vaga
Das virgens envoltas em tal vileza,
Veredicto de vodka e vadiagem,
Vivência de vanguarda veraneia,
Jazendo na varanda invulneráveis.

Cerram as venezianas e partem,
Viagens por veigas e verdes vales.
Vagueiam com destino ao vespertino
Na véspera da vaga madrugada.
Arrastam consigo a virtuosidade
De carácter versátil, variável,
Mas de uma real veracidade,
Vulcão onde fervilham as vontades.

Velejam agora no véu da noite,
Vazio de veneno e de viganças,
Vocalistas dos astros e do sonho.
Entoam vagidos frios de inverno,
Voam em alturas vertiginosas,
Vergando-se em reverencia à alva lua
Ventre de vida que as mantém despertas.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home